Mais um texto meu publicado.
A temática é inusitada: Sócrates, mentor de Platão, preso e aguardando cumprimento de sentença de morte, coça sua perna no último dia de vida e começa a filosofar diante de seus discípulos abalados pela despedida. Esse gesto, registrado no diálogo Fédon, assemelha-se ao ocorrido no diálogo Filebo. A dor em Sócrates cobra coceira que gera prazer, que enseja oportunidade para filosofar com amigos que sentem dor pela partida, enquanto o filósofo sente prazer com a mesma situação.
Entre aproximações e distanciamentos, analiso os termos gregos utilizados e as reflexões resultantes desses episódios, bem como o modo dos termos gregos se localizarem na estrutura de pensamento da filosofia de Platão, visto que Fédon e Filebo estão cronologicamente equidistantes no conjunto da obra do mais famoso aluno de Sócrates.
Boa leitura!